31 de maio de 2009

Erros e mais erros

Neste sábado, pela quarta rodada do brasileirão, colecionamos mais um péssimo resultado em casa. São apenas três pontos somados e a incômoda 17ª posição na tabela. Ney Franco consegue a proeza de piorar o time a cada jogo. Que fique claro, não acho que o nosso elenco seja de ponta, está abaixo de times como Cruzeiro, Internacional e São Paulo, mas em relação aos outros não. Não poderíamos em hipótese alguma estar onde estamos! Acontece que tem um asno escalando a equipe, um cego que não consegue enxergar um palmo a sua frente. E que não usa as melhores opções que tem. Ele escala muito mal o time, substitui mal idem, coloca os jogadores fora de suas posições, insiste com jogadores que não estão jogando nada, enfim, uma série de erros que jogo após jogo estamos vendo.

Ontem foi deprimente. Um primeiro tempo pra desesperar qualquer torcedor. O que foi a defesa alvinegra nesse jogo? Uma atuação desastrosa . Teco parecia perdido, sem saber seu lugar em campo. Também coitado, a mais de 2 anos sem jogar, imagina só? Enquanto isso, o bom (e em forma) zagueiro Welington no banco de reservas. A escalação do Teco foi um erro grave, ele deveria participar de mais uns três ou quatro jogos-treinos, talvez contra os juniores, pra ir pegando o tempo de bola. Castillo, apesar de boas defesas no fim da partida, mostra claramente que também está fora de ritmo. Lá se vão sete meses sem jogar...
Alessandro e Fahel também deveriam estar fora , mas ele tira Thiaguinho e troca Leandro Guerreiro de posição, pra manter os seus queridinhos no time. Aliás não vou mais falar do Alessandro. Cansei. Resumindo, ele é com certeza, o pior lateral direito da competição. É injustificável sua manutenção na equipe titular.



No intervalo NF colocou Tony no lugar de Túlio Souza e Léo Silva no lugar do Teco. Não era mais simples colocar o Tony no lugar do Teco?
Victor Simões armando jogadas! Ele é artilheiro, tem que jogar na área. Eduardo na ala. Guerreiro na zaga. Teco vindo de titular após mais de 2 anos parado. Não era um time, era um amontoado de jogadores. Totalmente desorganizado, ninguém guardando posição.
No fim e com um jogador a mais, conseguiu o empate, porque esse ano o time tem fibra, tem gana. Mas não tem treinador. Imagino o que o Nelsinho Baptista não estaria fazendo com esse time. No mínimo, jogaria no 4-4-2 e não improvisaria ninguém. Zagueiro seria zagueiro, volante seria volante, e teríamos um time mais ousado, com mais ímpeto ofensivo, e com os jogadores rendendo o seu melhor, em suas reais posições.
Quanto ao Lucio Flavio, uma atuação dentro da média do time. Mas por enquanto ainda é cedo pra analisar, certo é que continua lento como sempre. E precisa deixar as cobranças de falta pro Juninho, que acerta a maioria. O camisa 3 tem que ser o batedor oficial, mesmo em curta distância!
Domingo que vem tem o time da série C, e uma vitória é vital para as pretensões alvinegras no campeonato. Provavelmente com o retorno do Reinaldo, fazendo a sua estréia no Brasileirão. Mas sinceramente não acredito que sozinho ele possa mudar muita coisa.

25 de maio de 2009

Derrota justa no Olímpico


Como eu já previa, voltamos de Porto Alegre com nossa primeira derrota no Brasileirão: 2 a 0 para o Grêmio.
Somamos apenas dois pontos em nove possíveis, um péssimo aproveitamento nesse início de brasileirão.
Já é hora de ligar o alerta, pois mesmo no começo do campeonato é essencial somar na tabela. Afinal valem o mesmos três pontos conseguidos na hora do aperto.
Ontem o Grêmio chegou muitas vezes frente a nossa defesa, ganhando quase todos os rebotes na entrada da área. O meio-de-campo gremista engoliu o nosso, e a zaga se virava como podia, com destaque para o Eduardo.
O time sem Maicosuel e Reinaldo(quando vai voltar?!) se resume a muita vontade, muita marcação, mas pouca inspiração. O time não ataca, não cria praticamente nada, e ontem se limitou a cobranças de falta do Juninho na intermediária!

Ney Franco mais uma vez escalou mal o time, aliás é inacreditável estarmos quase em Junho(!) e o nosso técnico não tem um time titular nem um esquema tático definido!
Ontem novamente ele se superou, barrando o Thiaguinho pra escalar o Alessandro! Mesmo não jogando como no ano passado, ele é titular em qualquer lado, tanto na vaga do Gabriel quanto na do Alessandro. Em relação ao Alessandro, que erra tudo, ele está anos-luz a frente!
Guerreiro mais uma vez jogando de zagueiro. O Eduardo que fazia boa partida na zaga, foi deslocado pra ala... Se quer jogar com três zagueiros, por que não coloca três zagueiros de ofício, Wellington - Juninho – Eduardo ? O fato é que o treinador parece mais perdido que cego em tiroteio. Escala mal, substitui mal, os jogadores que indica vão mal... Aliás a diretoria também tem sua parcela. Contratam um lateral para jogar em agosto! O Reinaldo, o ‘grande reforço’ ou pelo menos o grande nome do time, vive mais no departamento médico do que em campo. O Teco vai pra seis meses de clube e nada.

Voltando ao jogo, ao fim da primeira etapa saímos no lucro, apesar dos sustos. Na volta do intervalo, Ney trocou Gabriel e Rodrigo Dantas por Wellington e Jean Coral. Com isso Eduardo passou de zagueiro à lateral, e Tony recuou para o meio-campo. O time tentou atacar mais, porém sem organização ou criatividade alguma. E Guerreiro na sua única falha na partida, cortou mal e Jonas abriu o marcador. A partir daí o Botafogo, que já não estava bem, sumiu em campo, e ainda viu Julio Santos marcar mais um. Justissímo.

É evidente que as coisas não vão nada bem. Mudanças se fazem urgentes, tanto nas peças quanto na forma de jogar. Como já disse milhares de vezes, sou a favor do 4-4-2. E principalmente, o time tem que jogar buscando a vitória, independente de dentro ou fora de casa. Agora vem três jogos no Rio, e precisamos somar esses pontos pra não nos distanciarmos muito dos líderes, e evitarmos preocupações no futuro.

24 de maio de 2009

Nova lista de Dunga


Na última quinta teve convocação da Seleção Brasileira para a disputa das Eliminatórias e da Copa das Confederações. Essa foi, sem dúvida, a convocação mais importante do ano. O Brasil vai enfrentar duas pedreiras, primeiro o Uruguai em Montevidéu, e depois o líder Paraguai, em Recife. E em seguida parte pra Copa das Confederações, onde enfrentará entre outras, a seleção espanhola, campeã da Eurocopa.
Como sempre ocorre, a convocação traz algumas polêmicas e várias discordâncias. Acho até uma boa lista - melhor que as anteriores - com excessão da lateral esquerda. Kléber está longe de ser o jogador dos tempos de Corinthians, e o André Santos apesar da boa fase atual, ainda oscila, enquanto que o Fábio Aurélio tem mais regularidade, além de ter uma bagagem internacional e jogar(com destaque) num grande clube na Europa. Esse sim merecia ser testado. E ainda bate na bola como poucos. O outra vaga seria do Marcelo(Real Madrid). Seriam as melhores opções.
Também acho que outro goleiro deveria ser convocado na vaga do Gomes, talvez o Renan(ex-Internacional) ou o Fábio(Cruzeiro).
E por que não convocar o Diego, que levou o time do Werder nas costas até a final da Copa da UEFA e da Copa da Alemanha? Sem explicação.
Finalizando, muito justa as convocações do Ramires – que devia ser titular, na minha opinião – e do Nilmar. A convocação do Victor(Grêmio) também foi merecida.

18 de maio de 2009

Tudo igual no Engenhão


Mais um empate e mais um resultado ruim, dessa vez em casa. Agora são apenas dois pontos em seis disputados. Contra o Corinthians, novamente faltou competência na hora de criar, faltou alguém mais incisivo no meio-campo, que verticalizasse as jogadas, e que acertasse os passes, principalmente o último, aquele que coloca o atacante em (boas)condições de finalizar. Faltou o Maicosuel, que provavelmente já está com as malas prontas pra jogar na Alemanha. Acho um absurdo o Ney Franco colocar nas costas do Rodrigo Dantas, recém promovido dos juniores, a responsabilidade de ser o cérebro da equipe. É nítido que o time precisa de reforços o quanto antes. Até mesmo o Lúcio Flávio com toda a sua lentidão já seria bem vindo (com salário reduzido, é claro).
No primeiro tempo vi a equipe um pouco presa, intimidada com a presença do Ronaldo, e só não fomos pro intervalo em desvantagem graças ao Renan, e também ao egoísmo do André Santos, que num lance em que deixou o Juninho sentado, preferiu finalizar com o Fenômeno livre de marcação.
No segundo tempo a equipe cresceu de produção, o ataque passou a levar mais perigo à meta corintiana, apesar do péssimo posicionamento do Victor Simões (ficou impedido umas dez vezes!), e a defesa se acertou com o Eduardo jogando por ali. Aliás, essa é a verdadeira posição dele, zagueiro, e ontem isso ficou evidente mais uma vez.
Destaques positivos: Renan (impecável), Eduardo (seguro na zaga), Rodrigo Dantas (melhor no primeiro tempo), Jean Coral (garra e boa movimentação)e Tony (mostrou qualidades).
Meio-Termo: Túlio Souza (como segundo volante tem vaga no time), Léo Silva (um bom reserva), Gabriel (apoiou bem mas deu espaço as suas costas pro Alessandro ), Wellington (melhor que o Emerson!), Leandro Guerreiro (fora de posição), Fahel (limitou-se a marcação) e Thiaguinho (voluntarioso como sempre, mas errou muitos passes).
Destaques negativos: Juninho (perdeu quase todas pro Ronaldo) e Victor Simões (uma de suas piores partidas pelo Botafogo).

12 de maio de 2009

De olho na base


Vi hoje no lancenet uma notícia que me deixou feliz, e ao mesmo tempo aliviado.
O Botafogo acertou um contrato de 5 anos(isso mesmo!) com Rodrigo Dantas, jovem de 19 anos, meia-armador de muita habilidade revelado nas divisões de base do clube. Quem também teve o contrato renovado pelo mesmo período foi o atacante Júnior, outro prata-da –casa.
Eles são jogadores, principalmente o Rodrigo, de muito destaque nas divisões de base alvinegra, e que consequentemente sofrem muito assédio por parte de empresários, interessados em lucrar com futuras negociações. Enquanto o clube, que investe no jogador desde criança, fica de “mãos abanando”. Com essa atitude, o Botafogo se resguarda de futuros problemas contratuais.
Vejo como um investimento acertadíssimo, pois como são jogadores de armação e de ataque, são mais valorizados, e tem mais mercado no futebol europeu. E no futuro podem ajudar a aliviar os combalidos cofres alvinegros.
Ponto pra diretoria!

10 de maio de 2009

O mesmo filme


Mais uma vez fomos a campo, desta vez contra o modesto Sto André, jogando como em 95% dos jogos nesta temporada: time muito recuado, como um time pequeno. Um desavisado pode pensar que o Botafogo já começou o jogo ganhando por 3 a 0, pois apenas pensava em manter o resultado, em se defender, trazendo o adversário - muito fraco, por sinal - pro seu próprio campo. Aceita a pressão, e apenas quando está perdendo, o time joga como deveria jogar desde o início: buscando a vitória.
Os próprios jogadores (Leandro Guerreiro, Juninho e até o atacante Victor Simões, só pra citar alguns) já disseram diversas vezes o quanto é ruim ter que buscar o resultado, e na tranquilidade que dá jogar com o resultado a favor.
Mas ontem o filme se repetiu. Mais uma vez mal escalado (vou morrer defendendo o 4-4-2), o time começou sem poder ofensivo, sem conseguir criar nada, sem jogadas de ataque, e esperando o adversário no próprio campo. Também, com um volante jogando de armador, e com um meia jogando de atacante...
Só depois de sofrermos o gol (falha de Eduardo, que perdeu a bola na lateral), é que começamos a buscar o jogo, mesmo com uma escalação defensiva em campo. A partir do segundo tempo, com a entrada de Jean Coral e Gabriel, jogando no 4-4-2 e com dois atacantes de ofício, a equipe passou a atacar a frágil defesa do Santo André, principalmente com Túlio Souza e Jean Coral (boa partida). Conseguimos nosso empate já no fim, com bela cabeçada de Victor Simões, o que não deixou de ser um péssimo resultado pro Botafogo, tendo em vista que o time do ABC paulista é um sério candidato ao rebaixamento.
Quanto a atuação de Wilson Souza de Mendonça, aconteceu o que já se previa: mais uma atuação desastrosa, ignorando muitas faltas a nosso favor, principalmente um pênalti claro em Jean Coral.
Esperamos que contra o Corinthians, o treinador caia na real e entenda, de uma vez por todas, a grandeza do Botafogo. O time paulista, mesmo com seus reservas, deu trabalho ao Internacional. Caso contrário, correremos sérios riscos de rebaixamento. Assim como perdemos o Estadual mais fácil dos últimos tempos.

5 de maio de 2009

A parcela do treinador


Apesar ter feito um trabalho razoável, com um elenco também apenas razoável, Ney Franco se equivocou diversas vezes ao longo da competição, insistindo em jogadores medonhos (Emerson e Léo Silva só pra não estender muito a lista), e principalmente, com um esquema ultra-defensivo, um 3-5-2 com 3 zagueiros e 2 volantes! E que os alas quase nunca chegam a linha de fundo (principalmente o Alessandro)!! Tanto que apenas um dia depois da decisão, o próprio Ney Franco disse que vai mudar o esquema tático do time!! Na final da Taça Rio, indiscutivelmente nossa melhor oportunidade de ser campeão (estavámos completos e eles sem o goleiro Bruno), o treinador simplesmente abdicou o ataque! Inadmissível!! Não se pode colocar só nas costas do Emerson a culpa da derrota na Taça Rio, pois apesar de perna-de-pau, não é ele que se escala e muito menos determina como a equipe joga. Já nos dois jogos finais, Ney teve menos culpa e mais azar (lesões de Maicosuel e Reinaldo), apesar de também ter cometidos erros (entrar com o Renato no primeiro jogo e não com o Tulio Souza foi inacreditável!)

4 de maio de 2009

Valeu pela raça


O Botafogo demonstrou muita raça ontem, com direito a uma reação fantástica no segundo tempo, mas essa derrota começou à dois domingos atrás na final da Taça Rio. O time teve 3 oportunidades de ser campeão e desperdiçou todas. Mas pelo menos, desta vez, pode-se dizer que enfim perdeu pelas próprias deficiências. E com a garra, a luta, a entrega demonstrada pelos atletas no último domingo, é impossível não se sentir ainda mais orgulhoso de ser alvinegro.

O jogo foi pura adrenalina. A partida foi muito disputada, como não poderia deixar de ser, num ritmo forte e rápido. E mais uma vez o “framengo” teve a sorte como aliada. Afinal de contas, perder os principais jogadores do time na primeira partida da final, num momento bem favorável (vencia por 2x1 e jogava melhor), acabou sendo um fator decisivo para a perda do caneco. E nas 3 partidas contra o rubronegro, acabamos contribuindo em quase todos os gols que levamos ... dois gols do Emerson(o nosso), um pênalti totalmente desnecessário do Alessandro e uma falha do nosso goleiro.
O primeiro gol ontem foi falha do Renan. Saiu mal e acabou levando um gol improvável. O outro gol foi uma infelicidade. A bola desviou no Alessandro, tirando qualquer possibilidade de defesa, e acabou morrendo na rede.
No segundo tempo poderíamos ter virado a partida, mas faltaram fôlego e peças de reposição! Tulio Souza finalmente começa a mostrar o futebol apresentado no Coritiba. O Botafogo jogou com muita garra, honrando suas tradições, mas sem Reinaldo, e principalmente Maicosuel, acabou faltando qualidade e velocidade ao ataque alvinegro.
E ontem também ficou evidente que torcida não ganha jogo! Quando o Botafogo empatou o jogo, a torcida rubronegra silenciou. Os alvinegros se fizeram ouvir, e estavam em número muito menor...
O que acabou definindo o resultado foi o goleiro, esse sim pode fazer a diferença entre ganhar e perder. E o do time da Gávea está pronto, já é um grande goleiro, enquanto o Renan ainda está em formação, apesar do enorme potencial. Bruno mostrou na decisão por pênaltis que tem estrela, além de muita confiança e competência, defendendo duas cobranças. Além de uma durante a partida.