11 de abril de 2009

Clima de Decisão


Hoje é dia de semifinal da Taça Rio. Um jogo que na verdade era pra ser amanhã, se o nosso inútil REGULAMENTO DO CAMPEONATO ESTADUAL fosse respeitado. Isso porque o time com melhor campanha na Taça Rio, por regulamento, joga no domingo. E esse time foi o Vasco. Porém outros interesses da TV (novelas e reality shows, entre outras “atrações”) são prioridade, e afinal, graças a ela, sobrevive uma maioria de clubes falidos. Mas vamos deixar esse assunto para outra ocasião. Afinal, hoje é dia de jogo decisivo no Maracanã. E que jogão se desenha.
O Botafogo, tem a chance de ser campeão no próximo domingo, o que seria uma vitória maiúscula para um grupo formado em pouquíssimo tempo, com poucos recursos financeiros, e com uma desconfiança enorme por parte do mercado e também da imprensa, que o apontava como mero coadjuvante na competição. Maiúscula porque ser campeão direto, ganhando os dois turnos, realmente não é comum num campeonato equilibrado como o Carioca, aliás não acontece a mais de dez anos. Mas pra ter a chance de fazer isso acontecer domingo que vem, hoje tem que passar pelo Vasco, o time mais taticamente ajustado da Taça Rio. Pra isso o time conta, e muito, com sua dupla de ataque e com seu homem de criação no meio. Aliás está bem a vontade o Maicosuel, jogando um bom futebol, pena que o Ney Franco o sobrecarrega ao jogar num esquema com três zagueiros e dois volantes, afinal num jogo em que ele não esteja bem ou esteja bem marcado, o Botafogo acaba sendo totalmente anulado ofensivamente. Esse esquema inclusive deveria liberar os laterais pra jogarem avançados, mas não é o que se vê no Botafogo. O Thiaguinho, jogador mais regular da equipe diga-se de passagem, mesmo improvisado ainda consegue fazer alguma jogada de linha de fundo, mas o Alessandro está numa fase horrível, não tem jogado nada. Erra passes de cinco metros. O sistema defensivo também preocupa, afinal Leandro Guerreiro é um excelente volante, mas não é zagueiro, ainda mais pela esquerda, ele é o homem que dá o primeiro combate, que cerca, que se antecipa, se for pra definição da jogada muitas vezes acaba driblado. O Juninho também não inspira muita confiança, está lento, marcando de longe. Mas é uma boa arma na bola parada.
Para o Vasco uma derrota hoje significa ser eliminado da competição. O técnico Dorival Jr. aposta no conjunto tático e também em alguns valores individuais, como Carlos Alberto - em excelente fase - , Jefferson e Élton. O Vasco parece ter também um banco de reservas com mais opções em relação aos alvinegros, já que Rodrigo Pimpão e Enrico entre outros, pode acrescentar alternativas ofensivas ao time do Vasco. Pesa negativamente o desfalque do Fernando, que, quem diria, consertaria a defesa cruzmaltina. Ano passado este setor arrancava calafrios dos torcedores vascaínos. Na lateral esquerda Ramon tem jogado bem, mas na direita com Paulo Sergio o desempenho não é tão eficiente. Nilton no meio tem se superado. O time precisa mostrar também como se comporta em um jogo decisivo, eliminatório, onde outros fatores como o estado emocial pesam também . A partida deve ser muito disputada, com muita disposição de ambas as partes, muita entrega, uma verdadeira batalha, que esperamos que aconteça NA BOLA, com lealdade.
Enfim, o fim de tarde promete ser de muitas emoções, e de bom futebol , é claro.

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